TREVAS Haverá, por hipótese, nas geenas Luz bastante fulmínea que transforme Dentro da noite cavernosa e enorme Minhas trevas anímicas serenas?! Raio horrendo haverá que as rasgue apenas?! Não! Porque, na abismal substância informe, Para convulsionar a alma que dorme Todas as tempestades são pequenas! Há de a Terra vibrar na ardência infinda Do éter em branca luz transubstanciado, Rotos os nimbos maus que a obstruem a esmo... A própria Esfinge há de falar-vos ainda E eu, somente eu, hei de ficar trancado Na noite aterradora de mim mesmo!