TREVA E LUZ Neste pélago escuro em que te afundas, Longe das sombras aurorais e amadas, Sentes o peito em ânsias revoltadas, Diluis teu peito em sensações profundas. Mas, eis que emerges, luminosa, às fundas Águas do mar das glórias obumbradas, E, ante o branco estendal das madrugadas, Nua, em banho ideal de amor te inundas. Agora, à luz das alvoradas santas Ungem-te o corpo redolências tantas, Que, ao ver-te nua, o Mundo se concentre, E a lua, a Virgem Mãe dos céus escampos, Que beija a terra e que abençoa os campos, Beije-te o seio e te abençoe o ventre!