TEMPOS IDOS Não enterres, coveiro, o meu Passado, Tem pena dessas cinzas que ficaram; Eu vivo d’essas crenças qe passaram, E quero sempre tê-las ao meu lado! Não, não quero o meu sonho sepultado No cemitério da Desilusão, Que não se enterra assim sem compaixão Os escombros benditos do Passado! Ai! não me arranques d’alma este conforto! -- Quero abraçar o meu Passado morto -- Dizer adeus aos sonhos meus perdidos! Deixa ao menos que eu suba à Eternidade Velado pelo círio da Saudade, Ao dobre funeral dos tempos idos!