SONETO XVIII E ele morreu. Ele que foi um forte Que nunca se quebrou pelo Desgosto Morreu... mas não deixou na ara do rosto Um só vestígio que acusasse a Morte! O anatomista que investiga a sorte Das vidas que se abismam no Sol-posto Ficaria admirado do seu rosto Vendo-o tão belo, tão sereno e forte! Quando meu Pai deixou o lar amigo Um sabiá da casa muito antigo, Que há muito tempo não cantava lá, Diluiu o silêncio em litanias... E hoje, poetas, já faz sete dias Que eu ouço o canto desse sabiá!