SONETO XVII A orgia mata a mocidade, quando Rugem na carne do delírio as feras, E o moço morre como está sonhando Nas suas vinte e cinco primaveras. Em cima -- o oiro sem mancha das esferas, Em baixo oiro manchado de execrando Festim de sibaritas, de heteras Lubricamente se despedaçando! Em cima, a rede do estelário imáculo Suspensa no alto como um tabernáculo -- A orgia, em baixo, e no delírio doudo Como arvoredos juvenis tombados Os moços mortos, os brasões manchados, E um turbilhão de púrpuras no lodo!