SONETO III No meu peito arde em chamas abrasada A pira da vingança reprimida, E em centelhas de raiva ensurdecida A vingança suprema e concentrada E espuma e ruge a cólera entranhada, Como no mar a vaga embravecida Vai bater-se na rocha empedernida, Espumando e rugindo em marulhada Mas se das minhas dores ao calvário, Eu subo na altitude dolorida De um Cristo a redimir um mundo vário, Em luta co’a natura sempiterna, Já que do mundo não vinguei-me em vida, A morte me será vingança eterna.