O MEU NIRVANA No alheamento da obscura forma humana, De que, pensando, me desencarcero, Foi que eu, num grito de emoção, sincero Encontrei, afinal, o meu Nirvana! Nessa manumissão schopenhauereana, Onde a Vida do humano aspecto fero Se desarraiga, eu, feito força, impero Na imanência da Idéia Soberana! Destruída a sensação que oriunda fora Do tato -- ínfima antena aferidora Destas tegumentárias mãos plebéias -Gozo o prazer, que os anos não carcomem, De haver trocado a minha forma de homem Pela imortalidade das Idéias!