O CANTO DOS PRESOS Troa, a alardear bárbaros sons abstrusos, O epitalâmio da Suprema Falta, Entoado asperamente, em voz muito alta, Pela promiscuidade dos reclusos! No wagnerismo desses sons confusos, Em que o Mal se engrandece e o Ódio se exalta, Uiva, à luz de fantástica ribalta, A ignomínia de todos os abusos! É a prosódia do cárcere, é a partênea Aterradoramente heterogênea Dos grandes transviamentos subjetivos... É a saudade dos erros satisfeitos, Que, não cabendo mais dentro dos peitos, Se escapa pela boca dos cativos!