O CANTO DA CORUJA A coruja cantara-lhe na porta Sinistramente a noite inteira! Indício Mais certo não havia! -- Era o suplício!... Daí a pouco, ela seria morta. Saiu. O Sol ardia. A estrada torta Lembrava a antiga ponte de Sublício... Havia pelo chão um desperdício De folhas que a áurea xantofila corta. Nisto, ouve o canto aziago da coruja! -- Quer fugir, e não vê por onde fuja. Implora a Deus como a um fetihe vago... -- Se ao menos voasse! -- E o horror começa! Rasga As vestes; uma convulsão a engasga E morre ouvindo o mesmo canto aziago!