O ÚLTIMO NÚMERO Hora da minha morte. Hirta, ao meu lado, A Idéia estertorava-se... No fundo Do meu entendimento moribundo Jazia o Último Número cansado. Era de vê-lo, imóvel, resignado, Tragicamente de si mesmo oriundo, Fora da sucessão, estranho ao mundo, Com o reflexo fúnebre do Incriado: Bradei: -- Que fazes ainda no meu crânio? E o Último Número, atro e subterrâneo, Parecia dizer-me: “É tarde, amigo! Pois que a minha antogênica Grandeza Nunca vibrou em tua língua presa, Não te abandono mais! Morro contigo!”