NOTURNO II Para o vale noital da eterna gaza Rolou o Sol -- imenso moribundo -E a noute veio na negrura d’asa, Santificada pela Dor do Mundo! U’a luz, entanto, no negror me abrasa, E um canto vai morrer no vale fundo... Que luz é esta que das brumas vasa, Que canto é este, virginal, profundo?! Rumores santos... e no santo arpejo, Somente tristes os teus olhos veho, Para o Infinito e para o Céu voltados! Cantas, e é noute de fatais abrolhos... Choras, e no meu peito estes teus olhos Como que cravam dois punhais gelados!