NIMBUS Nimbos de bronze que empanais escuros O santuário azul da Natureza, Quando vos vejo negros palinuros Da tempestade negra e da tristeza, Abismados na bruma enegrecida, Julgo ver nos reflexos da minh’alma As mesmas nuvens deslizando em calma, Os nimbos das procelas desta vida; Mas quando céu é límpido, sem bruma Que a transparência tolda, sem nenhuma Nuvem sequer, então, num mar de esp’rança, Que o céu reflete, a vida é qual risonho Batel, e a alma é a flâmula do sonho, Que o guia e leva ao porto da bonança.