DOLÊNCIAS II Eu fui cadáver antes de viver! Meu corpo, assim como o de Jesus Cristo, Sofreu o que olhos de homem não têm visto E olhos de fera não puderam ver! Acostumei-me, assim, pois, a sofrer E acostumado a assim sofrer existo... Existo! -- E apesar disto, apesar disto Inda cadáver hei também de ser! Quando eu morrer de novo, amigos, quando Eu, de saudades me despedaçando De novo, triste e sem cantar, morrer, Nada se altere em sua marcha infinda -- O tamarindo reverdeça ainda, A lua continue sempre a nascer!