ARANA Ela é o tipo perfeito da ariana. Branca, nevada, púbere, mimosa, A carne exuberante e capitosa Trescala a essência que de si dimana. As níeas pomas do candor da rosa, Rendilhando-lhe o colo de sultana, Emergem da camisa cetinosa Entre as rendas sutis de filigrana. Dorme talvez. Em flácido abandono Lembra formosa no seu casto sono A languidez dormente da indiana. Enquanto o amante pálido, a seu lado, Medita, a fronte triste, o olhar velado, No Mistério da Carne Soberana.