ANSEIO Quem sou eu, neste ergástulo das vidas Danadamente, a soluçar de dor?! -- Trinta trilhões de células vencidas, Nutrindo uma efeméride interior. Branda, entanto, a afagar tantas feridas, A áurea mão taumatúrgica do Amor Traça, nas minhas formas carcomidas, A estrutura de um mundo superior! Alta noite, esse mundo incoerente Essa elementaríssima semente Do que hei de ser, tenta transpor o Ideal... Grita em meu grito, alarga-se em meu hausto, E, ai! como eu sinto no esqueleto exausto Não poder dar-lhe vida material!