A UM MÁRTIR Alma em cilício, vem, enrista a clava, Brande no seio o espículo e o acinace E unjam-te o seio que d’auroras nasce Sangrentas bênçãos eclodindo em lava! Nossa Senhora te unge a face escrava, Cristo saudoso te abençoa a face De monja -- violeta que do Céu baixasse À Virgem Santa Natureza brava! Vais caminhando para a terra extrema, Rosa dos Sonhos! e o teu galho trema E a tua crença, o desespero mate-a... E em nuvens d’ouro ascende enfim ao plaustro Da Neve Eterna, estrela azul do claustro, Levada para o Azul da Via-Láctea!