A MORTE DE VÊNUS Velhos berilos, pálidas cortinas, Morno frouxel de nardos recendendo Velam-lhe o sono, ... e Vênus vai morrendo No berço azul das névoas matutinas! Halos de luz de brancas musselinas Vão-lhe do corpo virginal descendo -- Abelha irial que foi adormecendo Sobre um coxim de pérolas divinas. E quando o Sol lhe beija a espádua nua, Cai-lhe da carne o resplendor da Lua No reverbero dos deslumbramentos... Enquanto no ar há sândalos, há flores E haustos de morte -- os últimos cangores Da música chorosa dos mementos!